A Mulher e o Café
Por Laura Assis
Ah! Teus grãos moídos
Escuros, perfumados
Na palma da mão, torrados
A tua fruta ainda no pé
Esperando a hora certa
De ser colhida e posta pra secar
Apetece-me uma xícara
Ou duas, todas as manhãs
Meu ópio, minha paixão
Nada secreta
Ah! Teus grãos no pilão
Esmagados pelo firme braço
Firme, porém velho, do meu avô
Num ritmo só dele
Sobe e desce o bastão de madeira
E cada vez que o bastão encontra
Teus grãos no fundo do pilão
É como um deja vu
Da minha saudosa infância
Um jamais vu do meu futuro
Ah! O que fazem com teus grãos
Até chegarem à minha mesa
Para me tirar da cama
É quase uma linda história
De amor: a mulher e o café
A necessidade do teu gosto
O prazer que teu aroma me dá
A sensação de ver tudo melhorar
Desde que possa tomar uma xícara
Antes de realmente acordar
Escuros, perfumados
Na palma da mão, torrados
A tua fruta ainda no pé
Esperando a hora certa
De ser colhida e posta pra secar
Apetece-me uma xícara
Ou duas, todas as manhãs
Meu ópio, minha paixão
Nada secreta
Ah! Teus grãos no pilão
Esmagados pelo firme braço
Firme, porém velho, do meu avô
Num ritmo só dele
Sobe e desce o bastão de madeira
E cada vez que o bastão encontra
Teus grãos no fundo do pilão
É como um deja vu
Da minha saudosa infância
Um jamais vu do meu futuro
Ah! O que fazem com teus grãos
Até chegarem à minha mesa
Para me tirar da cama
É quase uma linda história
De amor: a mulher e o café
A necessidade do teu gosto
O prazer que teu aroma me dá
A sensação de ver tudo melhorar
Desde que possa tomar uma xícara
Antes de realmente acordar
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